A Prefeitura de São Sebastião, através da Secretaria da Pessoa com Deficiência e Idoso (SEPEDI), Secretaria Assuntos Jurídicos (SAJUR) e em parceria com a Fundação PROCON, deu início na sexta-feira (03/08) a uma Oficina de Educação Financeira e Direito do Consumidor para Idosos. O evento aconteceu no Centro de Referência de Assistência Social de Boiçucanga (CRAS), costa sul do município.

A oficina abordou diversos assuntos em relação aos direitos e deveres voltados as questões financeiras, que afetam de maneira especial o consumidor idoso. Através de uma dinâmica educativa, a oficina visou atrair a atenção desse público, principalmente no tocante às práticas de mercado que tem o idoso como foco principal de armadilhas.

Segundo o coordenador do PROCON de São Sebastião, André Bartelochi, “o intuito da oficina é reeducar esse público em relação ao Estatuto do Idoso, serviços, cartão de crédito, empréstimo consignado, endividamento e transporte”. De acordo com ele, os idosos são as principais vítimas de armadilhas em relação a empréstimos consignados. “Por ter maior facilidade de contratar esses tipos de serviço, a pessoa idosa acaba se endividando pelo desconhecimento dos juros que são cobrados. A oficina vai alertar os mesmos em relação a práticas abusivas,  tais como abordagens agressivas de venda fora do estabelecimento comercial (rua, moradia, internet), garantia e problemas de produtos, entre outros.”, continuou o coordenador.

Segundo a palestrante Maria Augusta Pontes Cardoso, coordenadora da regional de São José dos Campos e da Fundação PROCON SP, a Oficina de Defesa do Consumidor para Idosos aborda questões que são especificas para o idoso, como o empréstimo consignado, produtos com defeito – que muitas vezes eles têm dificuldades em discutir – e encaminhar discussões.

“Os assuntos financeiros ainda são uma questão muito forte, principalmente nas viagens de ônibus, intermunicipais e interestaduais, e o idoso fica vulnerável. Muitas vezes, nas lojas, se aproveitam da idade para empurrar produtos, convencer a assinar contratos que muitas vezes não tinham interesse em fazer, se aproveitam da fragilidade. Nosso intuito é fazer com que o idoso se apodere e fique um pouco mais protegido”, finalizou Maria Augusta

Essa é terceira palestra de um ciclo; outras duas já foram feitas no CRAS da Costa Norte.

Público

“Vim aqui para saber sobre as leis do idoso”, disse a pensionista de 62 anos, Geni Souza dos Santos. “Sempre querem me cobrar no ônibus, por exemplo. Quero saber sobre meus direitos”.

“Eles exigem que a gente pague a passagem”, disse Cós Mira, 64 anos.

“Espero que falem tudo a nosso favor. Graças a Deus tenho minhas finanças estabilizadas. Conhecimento nunca é demais”, frisou José Felipe, 80 anos.

“Vim aqui procurar meus direitos e o PROCON vai nos ajudar”, falou Sonia Gonzáles, 70 anos.