Detectar as principais deficiências, limitações de capacidade e restrições de participação de uma pessoa é o principal foco do curso sobre Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade em Saúde (CIF), desenvolvida pela Organização Mundial de Saúde, que servidores municipais estão fazendo.
Segundo o terapeuta ocupacional e mestre em Filosofia-Ética, Mario Cesar Battist, que ministra o curso, o objetivo é capacitar profissionais na utilização da CIF para melhoras as doenças nos prontuários, os dados estatísticos e a revisão das práticas clínicas. “Para que possamos incluir as pessoas com deficiências, limitações e restrições precisamos reconhecê-las, entendê-las e o curso ajudará os servidores nisso”, disse.
Battist também é desenvolvedor do software DESB que a Prefeitura de São Sebastião adquiriu para facilitar a utilização e incorporação da CIF. Segundo ele, o software, baseado na web, é um facilitador para fazer análises. Possibilita a inclusão de muitos pacientes e seus respectivos relatórios em um banco de dados, permite que diferentes profissionais qualifiquem e descrevam a funcionalidade do mesmo paciente e participem na produção de um único relatório de funcionalidade.
O programa também analisa o índice de funcionalidade e incapacidade do paciente, produz relatórios descritivos, analíticos e gráficos de funcionalidade e a formulação de um relatório de Plano de Tratamento Singular.
Estão participando do curso, servidores das Secretarias da Pessoa com Deficiência e do Idoso, Educação, Saúde, Esportes, Desenvolvimento Social e Humano, Fundação de Saúde, além de responsáveis pela Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE), Lar Vicentino e Casa do Acolhimento.
Para a diretora de Políticas Públicas da Secretaria da Pessoa com Deficiência e do Idoso, Juliana Coelho, o curso permitirá um olhar multifuncional dos profissionais. “Teremos uma avaliação diagnóstica focada nas capacidades de cada pessoa e não só na doença. O software nos dará suporte para isso, com um prontuário mais completo que facilitará na definição de políticas públicas. É importante termos tantas secretarias envolvidas porque assim temos mais profissionais olhando e analisando cada pessoa”, finalizou.