A Prefeitura de São Sebastião por meio da Secretaria da Educação (SEDUC) está proporcionando desde o dia 10 de março um “Curso Básico de Libras”, que está sendo realizado na Escola Municipal Cyntia Cliquet Luciano, da Enseada, Costa Norte de São Sebastião. Cerca de 40 pessoas participam do curso.

A professora do Espaço de Apoio Pedagógico Especializado (EAPE) da unidade, Erika Ribeiro Carreira, é a responsável pelo projeto Comunicalibras, juntamente com a professora do EAPE na escola, Emiliana Sanches, contando com o apoio da equipe da SEDUC.

O curso soma 80 horas, sendo 60 presenciais divididas em 30 encontros, e 20 de atividades complementares a serem passadas por e-mail. As aulas acontecem toda quarta-feira das 17h30 às 19h30 e já está com inscrições fechadas. Segundo Erika, o projeto apresenta aos participantes noções de libras com enfoque na conversação, ensinando cumprimentos, como usar o transporte público, entre outras coisas.

De acordo com Erika, o curso deve acontecer até novembro, todos os alunos que seguirem até o final, sairão do curso certificados, e poderão ter plena comunicação com surdos. “A ideia do curso é ensinar para todos, para que os alunos surdos da escola, que aqui são dois, tenham com quem conversar, proporcionando mais amor a esses alunos”, comentou.

Uma das alunas, Fabiana de Jesus, auxiliar de dentista que trabalha na escola, comentou sobre as aulas. “Muito legal! É um aprendizado a mais para a gente, a professora é muito boa, nem vemos o tempo passar”, disse ela.

Projeto de Curso de Libras na Região Central

O Espaço de Apoio Pedagógico Especializado (EAPE) da SEDUC disse que há um projeto para que aconteça também na região central da cidade um curso de libras, nos mesmos moldes do realizado na escola Cyntia Cliquet, sendo aberto à comunidade e totalmente gratuito. Se aprovado, o curso acontecerá no segundo semestre de 2018, mas sem horário, local e data específica confirmados.

“O trabalho do EAPE visa à inclusão, é direito dos alunos com necessidades especiais estarem na escola, à gente por lei tem de disponibilizar o apoio do intérprete para esses alunos. E o trabalho dos intérpretes é bacana porque são professores, então eles trabalham toda a parte pedagógica e eles também conseguem articular ações junto com os ouvintes, então ele não vai ficar 24 horas com o aluno surdo, ele também tem os projetos que envolvem os alunos ouvintes, para que a escola seja realmente bilíngüe e os alunos possam se comunicar sem ter a dependência do intérprete”, afirmou a coordenadora do EAPE Libras da SEDUC, Mariana Cubas.