Equipes da Coordenadoria da Defesa Civil, Secretaria de Meio Ambiente (SEMAM) e Porto estiveram presentes na tarde desta terça-feira (07/11), nas praias de Santiago e Toque-Toque Pequeno, Costa Sul de São Sebastião, para averiguarem um suposto vazamento de óleo no mar denunciado pelos pescadores locais.

Segundo apontamento de técnicos da SEMAM, trata-se do fenômeno natural chamado Maré Vermelha, que consiste no acúmulo de algas microscópicas na água, ocasionando a mudança de cor da maré, podendo ser de vários tons, como marrom, alaranjada e vermelha, o que causou a confusão nos pescadores.

Nos últimos dias, foram ventiladas algumas informações por populares de que as manchas escuras no mar seriam provenientes do óleo de uma embarcação que bateu nos rochedos da Ilha Montão do Trigo, no último domingo (05/11), e que foi desmentida pelos técnicos da Secretaria de Meio Ambiente

De acordo com o diretor de planejamento e abastecimento da SEMAM, Leandro Saadi, a Maré Vermelha trata-se de um desequilíbrio ecológico resultante da excessiva proliferação de certas algas tóxicas que emergem a superfície e sem qualquer relação com o acidente em Montão do Trigo.

“É um fenômeno natural que ocorre por diversos fatores, como as mudanças de temperatura nas águas dos mares, a alteração dos níveis de salinidade, e também por meio do despejo de esgoto e outros materiais nas águas do mar”, explicou Saadi.

De acordo com o coordenador da coordenadoria da Defesa Civil, Ricardo dos Santos, um plano de contingência já havia sido preparado pelo município, com embarcações, bombas de sucção e lonas de contenção para evitar o alastramento do óleo, caso fosse esse mesmo o caso.

“Enquanto as equipes de mar faziam todo o preparativo para a contenção e remoção do óleo, outra por terra veio verificar no local do que realmente se tratava. A denúncia que recebemos é que haveria um vazamento de óleo, porém, esta constatado ser o fenômeno Maré Vermelha”, afirmou Santos.