Integrantes da Defesas Civis de São Sebastião e do Estado de São Paulo se reuniram, na segunda-feira (4), com moradores da Vila Sahy, na Costa Sul, para apresentarem à comunidade como será o sistema de funcionamento das sirenes que estão em fase de implantação na área. A Vila foi o local mais atingido pela catástrofe ocorrida no dia 19 de fevereiro deste ano.

Para melhorar o sistema de alertas sobre temporais em áreas de risco, um dos recursos a serem utilizados é justamente o acionamento por meio de sirene. Conforme explicado pelo tenente Matheus Roncatto, da Defesa Civil do Estado, a previsão é que até o final de dezembro o sistema entre em operação.

Segundo ele, o sistema será monitorado 24 horas por dia através do Centro de Operações Integradas (COI), da Secretaria de Segurança Urbana (SEGUR), com apoio técnico dos meteorologistas do Centro de Gerenciamento de Emergência (CGE) da Defesa Civil do Estado. O acionamento se dará por meio da Defesa Civil Municipal.

Na avaliação do coordenador da Defesa Civil de São Sebastião, Wagner Barroso, a conversa com a comunidade foi além das expectativas, com os moradores entendendo a proposta e importância das sirenes.

“Esta é uma área ainda muito sensível após a catástrofe. Os moradores estão sensíveis com tempestades, por isso, a nossa escolha, com aval do prefeito Felipe Augusto, em colocar um dos equipamentos de alerta na Vila Sahy”.

Para a tesoureira da Associação de Moradores da Vila Sahy (Amovila), Aparecida Regina Pires Raymundo, 50 anos, a instalação de sirenes é muito importante para a comunidade. “E junto com a sirene, fazer treinamento continuado também é fundamental. Precisamos ter conhecimento de como funciona e como usar os mecanismos de segurança”.

Mais alertas

A rede de alerta a ser implantada na Vila Sahy é composta por software e sirenes de alta intensidade e trabalhará em conjunto com novo radar meteorológico adquirido pelo governo de São Paulo. O equipamento vai ajudar a monitorar a ocorrência de temporais no litoral paulista e será operado por técnicos e alunos da Unesp de São Vicente, onde o equipamento foi montado, que receberão treinamento remoto, com o radar em solo, para capacitá-los a transmitir os dados para a Defesa Civil.

O radar tem 500 watts de potência, uma antena de 1,80 metro e alcance que se estende a 120 km. Ele é capaz de visualizar a intensidade das precipitações e se haverá aumento ou diminuição da chuva.

O monitoramento permite que os meteorologistas analisem as previsões para a emissão de alertas aos municípios. "O radar emite ondas, que batem nas gotículas de nuvens, e recebe de volta essas ondas. Com isso, a gente consegue ter uma previsão de chuva", explica a diretora da divisão de resposta da Defesa Civil do Estado de São Paulo, major Michele César.

Outro sistema de monitoramento e alerta de tempestade a integrar o conjunto de comunicação e informação é o ‘self broadcast’ que permitirá à Defesa Civil, em parceria com as empresas de telefonia, enviar aviso sonoro para os celulares das áreas em risco.

Diferente das mensagens de SMS, esse sistema em construção só para de tocar quando o usuário aperta o botão, o que faz com que ele tenha acesso à mensagem de risco, independente do horário.

#PraTodosVerem: Representantes da Defesa Civil e moradores em reunião realizada na Vila Sahy. Fim da descrição.