Cerca de 600 alunos do 9º ano do Ensino Fundamental II assistiram na última quarta-feira (03/10) a peça teatral “O céu azul ninguém me tira”, realizada pelas secretarias de Saúde (SESAU) e Educação (SEDUC). O evento aconteceu na na Rua da Praia, no Centro. Já nesta quinta-feira, (04/10), a peça foi apresentada no Instituto Verdescola, em Barra do Sahy, Costa Sul da cidade.
Encenada pela CIA Paulista de Artes e dirigida pelo dramaturgo Rodrigo Fregnan, a peça faz parte das ações do “Setembro Amarelo”, mês de prevenção ao suicídio.
Quatro atores apresentam dezenas de conflitos interpretando 12 personagens, trazendo à tona, de forma dinâmica e contemporânea, o cotidiano e as questões que permeiam a vida dos adolescentes, com momentos de comédia, drama e suspense. O espetáculo aponta caminhos e possibilidades, deixando a cargo do público descobrir qual será o desfecho de cada uma das histórias contadas.
Segundo a Coordenadora de Saúde Mental, Carla Brasil, o objetivo foi encerrar com “chave de ouro” o Setembro Amarelo, após a realização, ao longo do mês, de rodas de conversas e palestras nas escolas e nos CRAS (Centro de Referência de Assistência Social), levando os adolescentes à reflexão.
“Nosso foco este ano era o adolescente, então trabalhamos temas do universo dos adolescentes, como o uso abusivo de álcool e drogas; homossexualidade; a questão da estética, a pressão que o adolescente sofre na busca pelo belo, por um corpo bonito; a gravidez na adolescência; automutilação; bullying, enfim, temas que envolvem o jovem e remetem de certa maneira ao suicídio”, explicou Carla, que acredita que muitos se identificaram com o que foi abordado. “Estou satisfeita, agradeço a confiança da Administração e a parceria da SEDUC com o Fundo Social de Solidariedade.
No mundo todo, o suicídio acomete mais de 800 mil pessoas, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). Trata-se da segunda causa de morte no planeta entre jovens de 15 a 29 anos (a primeira é a violência).
Retorno Positivo
Ao final da peça, os atores foram muito aplaudidos pelos jovens. Para Jessica Vitória Santos Martins, da Escola Luiza Helena de Barros, de Barequeçaba, “o espetáculo serve como um alerta para os adolescentes”.
Poliana Campos Lopes, também da escola Luiza Helena, gostou muito da peça. “Acho importante para aprender. Muitas vezes as pessoas se acham insuficientes, e elas deveriam se amar mais, ser elas mesmas, sem se importar com opiniões dos outros”, disse.
“Achei bem interessante a peça, com assuntos que tocam as pessoas”, comentou Vivian Silva Costa, da escola Henrique botelho, da Vila Amélia.
“Gostei bastante do espetáculo, muita gente sofre com isso. Já sofri bullying e não gostei nada disso”, contou Nicole Silva Santos, da escola Walfrido Maciel Monteiro, do Morro do Abrigo.