A Escola Municipal Prof.ª Luiza Helena de Barros, de Barequeçaba, promoveu ao longo do mês de março, no qual é comemorado o dia internacional da mulher, o projeto “A voz da mulher”, tendo como objetivo conscientizar meninos e meninas sobre o respeito e a igualdade entre homens e mulheres, fazendo com que os alunos reflitam sobre o assunto, trazendo para o seu dia-a-dia.
Organizado pela professora Flávia Paes Vieira, sua parte pedagógica foi trabalhada através do documentário da Netfilx “MALALA”, que fala a respeito da Nobel da Paz 2014 e sua luta pelo direito das meninas à educação, e de músicas que através dos tempos tinham como tema o empoderamento feminino.
Os alunos pesquisaram mulheres que fizeram a diferença na historia da humanidade e trabalharam expressões de respeito e igualdade, sempre com debates e conversas sobre o tema.
Além da parte pedagógica, contou com a presença de várias convidadas que contribuíram com suas experiências, profissões e informações a respeito da luta das mulheres.
A primeira palestra contou com a presença das “meninas do porto” Clarissa Cunha Mansur e Gabriela Alejandra Martínez, que contaram como é o trabalho de estivadora, profissão antes desenvolvida apenas por homens, suas lutas e conquistas dentro de um ambiente que antes não era acostumado com a presença feminina. A segunda parte da palestra contou com o depoimento da inspetora da escola Mima Ayalla que falou sobre os erros e acertos durante a sua vida, e que emocionou os alunos.
No segundo dia de palestras estive presente a presidente do Conselho Municipal da Condição Feminina de São Sebastião, Dra. Beth Chagas, juntamente com assistente social do AAMS, Associação de Amparo a Mulher Sebastianense, Sandra, que explanaram quais as funções e como funcionam essas duas instituições tão importantes para o amparo e apoio as mulheres sebastianenses, além de dados e as formas de violência doméstica. No mesmo encontro, contaram ainda com a presença da Fátima que a vinte e dois anos trabalha como motorista de ônibus na região e que já sofreu com o preconceito, mas não desistiu e provou que o transito também é das mulheres.
Encerrando o projeto, a delegada Dra. Junia Cristina Leme Macedo da delegacia de mulheres de São Sebastião, foi a escola e contou como é o trabalho desenvolvido por ela, quais são as leis que protegem as mulheres e como funcionam. Ocorreu também um bate papo muito animado com a jornalista e escritora Priscila Siqueira que falou sobre os costumes e os preconceitos que as mulheres sofrem, e como podemos mudar isso.