O que você faria se presenciasse uma pessoa começando a apresentar problemas cardiorrespiratórios ou com sintomas de um Acidente Vascular Cerebral (AVC) ou infarto? Em casos como esses, o correto é acionar o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), através do telefone 192.

O serviço também deve ser acionado em casos de acidente de trânsito, engasgos, crises hipertensivas, afogamento, choque elétrico e queimaduras graves. Também é possível acionar o SAMU em casos de trabalhos de parto, com risco de morte para a mãe ou para o bebê, e em situações de fortes hemorragias.

De acordo com a Coordenadora Geral do SAMU Litoral Norte, Dilmara Oliveira Abreu, no momento de ligar para o Serviço, é necessário que o solicitante possua as informações básicas sobre o estado de saúde da vítima, o que será decisivo para que o médico regulador avalie a gravidade da situação e defina o atendimento necessário, que pode consistir na simples orientação por telefone ou no encaminhamento de uma Unidade Móvel (básica ou avançada).

Quando necessário o encaminhamento, uma equipe se dirige ao local, com apoio do rádio operador que monitora a localização de todas as Unidades Móveis. Chegando ao local, a equipe informa o médico regulador acerca da situação atual do paciente. Com base nessas informações, o médico regulador monitora o atendimento e define para qual unidade de saúde será e encaminhado. Havendo essa necessidade, o médico regulador define qual será a Unidade de Destino (Unidade Básica de Saúde, Unidade de Pronto Atendimento ou Emergência Hospitalar), monitora o atendimento durante o trajeto, e estabelece contato com o médico do serviço receptor, repassando a ele as informações técnicas sobre cada caso, para que a equipe local possa preparar-se para receber o paciente da melhor maneira possível.

Após o adequado recebimento do paciente no serviço determinado, o médico regulador poderá considerar o caso encerrado.

SAMU na região

Ainda de acordo com Dilmara, a Central de regulação recebe aproximadamente 4.800 ligações/mês provenientes dos quatros municípios, Ubatuba, Caraguatatuba, Ilhabela e São Sebastião.

“Só no município de São Sebastião atendemos em média 980 solicitações por mês. Por este motivo se faz necessário que o médico regulador trie a ocorrência liberando a viatura para as solicitações de maior gravidade, pois, além da demanda, a nossa geografia compromete significativamente a mobilidade das ambulâncias, o que prejudica o tempo de resposta, podendo comprometer o atendimento de emergência”, explicou.

“Uma das maiores dificuldades enfrentadas pelo SAMU é a compreensão por parte da população de que o serviço está para atender pessoas em situações de Urgência e Emergência, ou seja, que tenham a necessidade de um atendimento imediato o que se não ocorrer poderá acarretar a um agravo da sua saúde ou a morte”, continuou.

Por esse motivo as solicitações que são caracterizadas como transporte a uma unidade de saúde, não havendo a necessidade de uma intervenção pela equipe do SAMU no local, são avaliadas criteriosamente pelo médico regulador.

“A maior preocupação é estarmos transportando um solicitante com um quadro sem gravidade e entrar para a área de cobertura daquela viatura uma ocorrência grave na qual a vida do paciente/ou vítima seja comprometida pela espera, pois numa situação grave tempo é vida, e não espera”.

Atenção Básica

Não há indicação de acionar o SAMU quando o paciente estiver com uma pequena alteração na glicemia ou na pressão arterial, com sintomas de gripe, diarreia, febre baixa, dores articulares ou sofrer um acidente com animais peçonhentos. Nesses casos, ele deve se dirigir até um posto de saúde municipal, Unidade de Pronto Atendimento (UPA) ou um Pronto Socorro.