São Sebastião promoveu, no último domingo (13/7), no Teatro Municipal, a 5ª Conferência Municipal de Políticas para Mulheres, que neste ano teve como tema: “Mais Democracia, Mais Igualdade, Mais Conquistas para Todas”.
Durante o evento, foram eleitos cinco delegados e cinco suplentes que representarão o município na etapa estadual, a ser realizada conforme o calendário a ser divulgado pela Comissão Organizadora. Já a etapa nacional está prevista para ocorrer de 29 de setembro a 1º de outubro de 2025.
O encontro contou com a participação de representantes da Prefeitura, de Ongs, da Ordem dos Advogados do Brasil, entre outros.
Representarão o município Evanildes Andrade, da Associação de Moradores da Vila Sahy; Maria Elizabete Camaro, da Sociedade Civil; Amanda Saavedra, pelo Poder Público, Lourdes Benite Carlota (Pará - indígena) e Maria Siqueira – Popoyo, representante do grupo LGBTQIAPM+.
Como suplentes foram escolhidas Ana Beatriz Oliveira, Rosineia Garçon de Souza e Jaqueline Vieira, pela sociedade Civil; e Maxilene Souza e Gláucia Marques, pelo poder público.
Os participantes também escolheram os principais temas que serão levados para a plenária do Estado como políticas públicas efetivas que garantam direitos, proteção, autonomia e dignidade para todas as mulheres.
Entre as propostas formuladas de forma coletiva para os três níveis de atuação - municipal, estadual e federal – estão: a criação de políticas locais de geração de renda para mulheres em situação de vulnerabilidade, com incentivo a cooperativas femininas e ao empreendedorismo solidário; a ampliação da rede de proteção às mulheres vítimas de violência, com articulação entre saúde, educação, segurança e assistência social; educação para a equidade de gênero desde a infância, com formação continuada para profissionais da educação e campanhas permanentes nas escolas; investimentos em políticas públicas para mulheres negras, indígenas, quilombolas, com deficiência e LGBTQIA+, com olhar interseccional e territorializado; e fortalecimento da saúde integral da mulher, com atenção especial à saúde mental e aos serviços voltados às mulheres no ciclo da vida.
Durante a conferência também foram aprovadas quatro moções do município, entre elas, a criação da Secretaria da Mulher, Cidadania e Igualdade Social.
“Mais do que um encontro formal, a conferência foi um ato de participação cidadã concreta, onde mulheres de diferentes territórios, vivências e trajetórias se reuniram para decidir, propor, fiscalizar e transformar. Afinal, participar não é apenas votar, é construir democracia com o rosto e a força das mulheres”, disse a presidente da conferência, Cristina Sanchez.
Ainda conforme ela, a conferência reafirmou que cuidar da educação, da cultura e da saúde das mulheres é garantir o direito ao bem viver. “Mais do que um compromisso institucional, trata-se de reconhecer que igualdade não é apenas discurso, é prática cotidiana, política pública e transformação estrutural”.
Durante o debate de domingo, foi reforçado que é dever do Estado e da sociedade construir redes fortes de apoio para que nenhuma mulher esteja sozinha, de forma a transformar os bairros, comunidades e cidades em lugares seguros, plurais e acolhedores para todas.